quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Chegando o Dia das Crianças, a gente para pensar no brinquedo que vai presentear nossos pimpolhos - filho, sobrinho, afilhado...Isso me faz lembra a minha infância, nem boa, nem ruim. Na minha época, ganhar brinquedo era um luxo, a diversão era criar o seu próprio brinquedo ou usar a imaginação com os objetos ao redor. Na faixa dos 3 aos 9 anos, as ideias brotam com tal facilidade que a criança é capaz de criar um novo mundo, consegue ser feliz com muito pouco.

Os brinquedos eram desprovidos de tecnologia, não existia celular, tablet, computador, PS3. A televisão era de válvula, vivia mais queimada do que boa e os chuviscos, não sei como conseguíamos asisstir algo. Às  vezes, fico assombrada de ver como o mundo evoluiu em tão pouco tempo.

Minha diversão era jogar  bola de gude ( pegava-as escondida do meu irmão), soltar pipa, subir em árvores, caçar borboletas, andar de bicicleta, pescar no rio (limpíssimo). De brinquedo mesmo, tinha bem pouco, uma boneca de plástico, utensílios para comidinha, varetas...  Essa escassez  não me fazia menos feliz. A felicidade era medida de forma diferente...






Hoje as crianças são expostas a tanto estímulos, principalmente da televisão, que desejam ter o mundo. Acumulam brinquedos que, muitas vezes, brincam apenas uma ou duas vezes e depois ficam esquecidos no canto do quarto. 

Que nossas crianças possam ter o mundo, mas não todas as coisas do mundo. Que possam ser felizes por brincar e não por ter um tablet, uma nerf, uma monster high. Que possam ter amigos. Que possam chorar. Que possam gritar. Que possam sonhar. Que possam acreditar em fada dos dentes, no Papai Noel. Que possam ser tudo o que quiserem.  Que possam ser apenas crianças.

Saudades dos velhos tempos...